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Sars-Cov-2 - o novo Coronavírus

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O que é Coronavirus
O que é Coronavirus

Coronavírus

O QUE É CORONAVÍRUS?

Coronavírus é uma grande família de vírus (Coronaviridae) descoberta entre humanos na década de 1960. Recebeu esse nome justamente pela sua aparência na microscopia eletrônica, que sugere uma coroa de espinhos em sua superfície.

Os vírus podem ter material genético a base de DNA ou de RNA. Os Coronavírus tem RNA, o que lhes confere uma capacidade de mutação maior do que aqueles que tem DNA.

 

Cada patógeno geralmente é específico de uma única espécie, poucos tem a capacidade de infectar mais de uma espécie. E assim era com o Coronavírus também. Sua circulação é mais comum entre animais silvestres e, até então, haviam somente 6 cepas conhecidas que acometiam os humanos. As cepas se dividem em 4 subgrupos principais: alfa, beta, gama e delta.

(fonte acessada em 29/04/2020: CDC - Center for Disease Control - Page last reviewed: February 15, 2020 - Avaliable from: https://www.cdc.gov/coronavirus/types.html)

O QUE É O NOVO CORONAVÍRUS?

É uma mutação nova da família Coronaviridae cujos primeiros casos surgiram na China.

 

Ficou popularmente conhecido como Coronavírus, nome da familia de vírus a qual pertence, mas no meio técnico, foi batizado temporariamente 2019-nCoV até ter sua nomenclatura oficializada como Sars-CoV-2, derivado de  "síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2".

COVID-19 é o termo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou para definir a doença respiratória causada pelo Sars-CoV-2.

(fonte acessada em 30/04/2020: Guia do Estudante - Avaliable from: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/qual-e-a-diferenca-entre-coronavirus-covid-19-e-sars-cov-2-entenda/)

CORONAVÍRUS PODE CAUSAR RESFRIADO COMUM?

O Coronavírus tem 4 subtipos que circulam comumente entre humanos causando sintomas de um resfriado comum, geralmente leves: 229E (alfa Coronavírus), NL63 (alfa Coronavírus), OC43 (beta Coronavírus), e HKU1 (beta Coronavírus).

(fonte acessado em 29/04/2020. Avaliable from: Andersen, K.G., Rambaut, A., Lipkin, W.I. et al. The proximal origin of SARS-CoV-2. Nat Med 26, 450–452 (2020). https://doi.org/10.1038/s41591-020-0820-9)

PORQUE O CORONAVÍRUS ESTÁ CAUSANDO UMA EPIDEMIA AGORA?

 

Não é comum ocorrerem surtos deste vírus, mas ele pode sofrer  mutações que podem apresentar características mais agressivas e de disseminação mais fácil, como já ocorreu em 2002 (variante conhecida como SARS-CoV), em 2012 (MERS-CoV) e atualmente (2019-nCoV).

Como é transmitido o Coronavírus

Transmissão

COMO O CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO?

 

Sabe-se que o Coronavírus pode ser transmitido através:

- pessoa a pessoa através de pequenas gotículas que eliminanos no ambiente quando falamos, tossimos ou espirramos

- indiretamente através de:

      - superfícies ou objetos contaminados pelas gotículas

      - mãos contaminadas e levadas aos olhos, boca e/ou nariz

(fonte acessada em 29/04/2020: Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses)

POSSO PEGAR CORONAVÍRUS DE ALGUÉM SEM SINTOMAS?

 

Novas informações sobre o Coronavírus surgem a cada dia, mas ainda não há estudos que tenham conseguido comprovar que pacientes com o Coronavírus presente em seu organismo sem sintomas ou na fase de incubação antes do surgimento deles, transmitem ou não o vírus.

Por isso ainda é de extrema importância todos nós seguirmos as recomendações e precauções das autoridades competentes do local onde moramos.

(fonte acessada em 30/04/2020: CDC - Center for Disease Control - Clinical Questions about COVID-19: Questions and Answers - Page last reviewed: April 15, 2020 - Avaliable from: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/faq.html#Transmission)

O CORONAVÍRUS PODE SER TRANSMITIDO POR ANIMAIS?

 

Sabe-se que o Coronavírus pode ser de transmissão:

- somente entre animais: forma predominante e, geralmente entre animais da mesma espécie ou muito semelhantes

- entre animais e pessoas: surto de 2002 na China ocorreu transmissão do vírus SARS-CoV de civetas (gatos selvagens) para humanos e em 2012 (MERS-CoV) de dromedários para humanos na Arábia Saudita

- pessoa a pessoa: até recentemente conhecia-se somente 6 subtipos de Coronavírus que eram transmitidos a humanos: Alpha coronavírus 229E e NL63, Beta coronavírus OC43 e HKU1, SARS-CoV (causador da Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS), e MERS-CoV (causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS)

   

Os surtos anteriores (SARS e MERS) sabe-se que houve um intermediário animal, porém neste surto atual ainda não há nenhum hospedeiro intermediário identificado apesar das fortes suspeitas de que possa existir um.

Eu posso pegar o novo Coronavirus do meu animal de estimação?

No início desta pandemia, suspeitava-se do envolvimento de animais na transmissão inicial por ter tido relação dos primeiros casos com um mercado na China, hoje já não temos certeza disso.

Este é um vírus novo e muitas informações vem surgindo rapidamente. Hoje parece que a probabilidade dos animais terem um envolvimento, é muito pequena.

Há comprovação hoje de que animais domésticos (e um tigre nos Estados Unidos) podem ser infectados pelo Coronavírus sendo recomendado que se coloquem os animais domésticos também em quarentena e, se alguém da casa estiver com suspeita de Coronavírus, tanto os demais moradores quanto o pet, devem ficar separados do doente.

(fonte acessada em 29/04/2020: CDC - Center for Disease Control - Page last reviewed: April 21, 2020 - Avaliable from: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/daily-life-coping/animals.html)

 

 

O CORONAVÍRUS REALMENTE SE ESPALHA TÃO FACILMENTE?

Sim, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, sua capacidade de contágio (R0) é de 2,7, ou seja, cada pessoa doente potencialmente irá contaminar 2,7 outras pessoas. Para termos noção deste número, compara-se com o Influenza na epidemia de 2009 cujo R0 era 1,5 ou podemos comparar com o Sarampo, que tem R0 de 15.

(fonte acessada em 29/04/2020: Informe da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o novo Coronavírus atualizado em 12 de março de 2020 - Disponível em: https://www.infectologia.org.br/admin/zcloud/125/2020/03/a592fb12637ba55814f12819914fe6ddbc27760f54c56e3c50f35c1507af5d6f.pdf)

Como se prevenir contra o Coronavírus

Prevenção

COMO SE PREVENIR CONTRA O CORONAVÍRUS?

Como há fortes evidencias de que a transmissão ocorra de pessoa a pessoa através das secreções contaminadas, a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam os mesmos cuidados básicos já conhecidos e utilizados para reduzir o risco de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas:

 

  • Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%.

  • Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos.

  • Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

  • Ao tocar olhos, nariz e/ou boca, lave sempre as mãos.

  • Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.

  • Evite contato físico como abraços, beijos e apertos de mãos.

  • Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.

  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.

  • Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.

  • Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows, cinemas e igrejas. Fique em casa sempre que possível.

  • Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos. Fique em casa até melhorar.

  • Durma bem e tenha uma alimentação saudável.

  • Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em todas as situações de saída de sua residência. 

(fonte acessada em 29/04/2020: Ministério da Saúde. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger)

QUANTO TEMPO O CORONAVÍRUS SOBREVIVE NAS SUPERFÍCIES?

Mais do que quanto tempo o Coronavírus sobrevive nas superfícies, é essencial saber que ele pode ser facilmente removido delas com o uso de desinfetantes comuns de uso doméstico.

Estima-se que ele sobreviva:

- até 72h em superfícies plásticas ou em metais inoxidáveis

- menos de 4h em superfícies de cobre

- menos de 24h sobre o papelão

(fonte acessada em 29/04/2020: Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses)

O FAZER SE EU TIVER CONTATO COM ALGUÉM COM CORONAVÍRUS?

É considerado contato se você tiver ficado a menos de 1 metro de distância do indivíduo doente. O Coronavírus tem elevada capacidade de contágio, portanto você pode estar infectado.

Durante o período de incubação é preciso que você observe se começa a apresentar sintomas.

Se apresentar qualquer sintoma sugestivo, é preciso se auto-isolar e manter-se atento aos sinais de alerta que necessitem de avaliação médica.

 

TEMPO DE INCUBAÇÃO

Tempo de incubação é o intervalo entre o contato com o doente até as primairas manifestações de sintomas.

 

Os sintomas do Cororonavírus surgem, em média, 5 dias após o contato, mas acredita-se que o tempo de incubação varie de 1 a 14 dias, podendo ocorrer a transmissão já neste período. Porém esta mutação ainda é bastante recente e novas informações podem alterar esta informação.

(fonte acessada em 29/04/2020: Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses)

GRUPOS DE MAIOR RISCO PARA QUADROS GRAVES PELOS NOVO CORONAVÍRUS

Alguns indivíduos apresentam maior risco de apresentarem sintomas e/ou complicações mais graves pelo novo Coronavírus. Ele é um vírus novo e poucas informações ainda são comprovadas, o que significa que as informações podem mudar conforme novas informações surgem. Estatisticamente, os grupos de maior risco para evolução grave são:

- idosos

- pacientes com doenças crônicas como cardiopatias e diabetes

- pacientes de qualquer idade portadores de condições que diminuam a eficiência do sistema imune do indivíduo como deficiências do sistema imune primárias ou secundárias, como pelo uso crônico de corticosteróides

(fonte acessada em 14/05/2020: CDC - Center for Disease Control - Page last reviewed: May 14, 2020 - Avaliable from: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/need-extra-precautions/groups-at-higher-risk.html)

 

 

ASMA (OU BRONQUITE) E O NOVO CORONAVÍRUS

A infecção pelo novo Coronavírus pode vir a causar quadros de falta de ar (dispnéia) que podem ser mais graves para pacientes já portadores de asma ou bronquite. A melhor forma desses pacientes se protegerem é:

 

- mantendo sua doença sob controle (saiba aqui se sua Asma está controlada) usando regularmente das medicações profiláticas (preventivas) prescritas pelo seu médico, geralmente corticóides inalatórios (saiba como usar corretamente cada tipo de dispositivo)

- evitando os fatores que sabidamente podem desencadear sua crise (saiba mais sobre os teste alérgicos)

- em caso de crise de asma seguir as orientações já deixadas pelo seu médico (plano de ação) ou entrar em contato com ele para maiores esclarecimentos (ainda tem dúvidas? Agende uma visita)

- durante a limpeza de sua casa evite o uso de produtos com cheiros muito fortes, ou use-os longe do portador da asma, e sempre abra portas e janelas após o uso até eliminar todo o cheiro

(fonte acessada em 14/05/2020: CDC - Center for Disease Control - Page last reviewed: May 14, 2020 - Avaliable from: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/need-extra-precautions/groups-at-higher-risk.html)

 

 

CRIANÇAS PODEM PEGAR O NOVO CORONAVÍRUS?

Sim, crianças de todas as idades podem pegar o Coronavírus assim como os adultos. Porém os sintomas tendem a ser leves ou moderados em cerca de 90% dos casos conforme estudo ainda em pré-publicação da Academia Americana de Pediatria. Esse mesmo trabalho mostra que a faixa etária mais vulnerável são os lactentes (menores de 2 anos de idade), sendo que 10% dos paciente estudados abaixo de 1 ano, e 7,7% daqueles entre 1 e 5 anos, apresentaram quadros graves ou gravíssimos.

(fonte acessada em 14/05/2020: AAP - American Academy of Pediatrics - Dong Y, Mo X, Hu Y, et al. Epidemiological characteristics of 2143 pediatric patients with 2019 coronavirus disease in China. Pediatrics. 2020; doi: 10.1542/peds.2020-0702 - Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/pediatrics/early/2020/03/16/peds.2020-0702.full.pdf)

 

Sintomas do Coronavírus

Sintomas

QUAIS OS SINTOMAS DO CORONAVÍRUS?

O Coronavírus causa uma doença respiratória. Os indivíduos infectados pode ser assintomáticos até apresentar sintomas graves com pneumonia e insuficiência respiratória aguda.

 

Segundo o site da Organização mundial da Saúde, os sintomas mai frequentes são:

- febre

- tosse seca

- cansaço

Outros sintomas:

- falta de ar ou dificuldade para respirar

- dor no corpo ou mal estar

- dor de garganta

Pouco frequente:

- coriza nasal

- náusea

- diarreia

(fonte acessada em 29/04/2020: Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/coronavirus#tab=tab_3)

 

O QUE FAZER SE EU COMEÇAR A TER SINTOMAS SUGESTIVOS DO CORONAVIRUS?

Se você sentir-se doente, tiver sintomas semelhantes a de um resfriado, tosse, febre ou outros sintomas, fique em casa, faça o auto-isolamento por no mínimo 14 dias a serem contados a partir do primeiro dia de sintomas.
 

​O QUE É O AUTO-ISOLAMENTO?

É uma medida muito importante para protegermos quem amamos e todos os outros que nos cercam. Consiste na pessoa com sintomas sugestivos manter-se em casa, sem sair para trabalhar, ir à escola ou outros locais públicos. Lembrando que isso só é possível se os sintomas forem leves.

Dentro de sua casa, durante o auto-isolamento, também é importante:

  • Usar máscara o tempo todo.

  • Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo.

  • Depois de usar o banheiro, nunca deixe de lavar as mãos com água e sabão e sempre limpe vaso, pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária para desinfecção do ambiente. Se possível, separe um banheiro somente para aquele que está com sintomas, mas mesmo assim não deixe de realizar as medidas de limpeza após o uso.

  • Separe toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos apenas para seu uso.

  • O lixo produzido precisa ser separado e descartado.

  • Sofás e cadeiras também não podem ser compartilhados e precisam ser limpos frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.

  • Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária.

Caso não more sozinho, os demais moradores da devem dormir em outro cômodo, longe da pessoa infectada, seguindo também as seguintes recomendações:

  • Manter a distância mínima de 1 metro entre o paciente e os demais moradores.

  • Limpe os móveis da casa frequentemente com água sanitária ou álcool 70%.

  • Se uma pessoa da casa tiver diagnóstico positivo confirmado para o  Coronavirus, todos os moradores ficam em isolamento por 14 dias também.

  • Caso outro familiar da casa também inicie os sintomas leves, ele deve reiniciar o isolamento de 14 dias. Se os sintomas forem graves, como dificuldade para respirar, ele deve procurar orientação médica.

(fonte acessada em 29/04/2020: Ministério da Saúde. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger e Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/coronavirus#tab=tab_3)

 

 

​SE EU COMEÇAR A TER SINTOMAS DEVO PROCURAR UM MÉDICO?

A grande maioria das pessoas que se infectarem com o vírus não terão sintomas ou terão sintomas leves, não precisando procurar avaliação médica ou realizar exames. É recomendado somente o auto-isolamento como principal medida para evitar transmitir o vírus para aqueles que estiverem próximos.

 

Deverão procurar seu médico, como em toda doença, todos aqueles que apresentarem:

- indisposição moderada a intensa. Aquela que mesmo com o uso de analgésicos comuns não apresentam melhora satisfatória.

- febre prolongada por mais de 72 horas ou difícil de ser controlada. Lembrando que bebês com febre devem ter outra conduta (veja "Febre na infância").

- tosse intensa e/ou muito frequente, sem falta de ar ou dor no peito, mas interferindo na realização das atividades básicas diárias.

Devem se dirigir imediatamente a um serviço médico de urgência se apresentar:

- falta de ar

- dor ou desconforto no peito

Veja aqui, segundo o Ministério da Saúde (acessado em 30/04/2020), a lista de hospitais e postos de saúde que prestam atendimento em seu estado/município

Qual teste fazer para Coronavírus - Entenda

Diagnóstico

COMO EU SEI SE O QUE TENHO É CORONAVÍRUS?

Os sintomas causados pelo Coronavírus também podem ser causados por outros vírus respiratórios como o Influenza, bastante comum nesta época do ano e só pode ser diferenciado através de exames laboratoriais.

 

Os exames laboratoriais para o diagnóstico do Sars-CoV-2 pode ser feito através de diferentes técnicas, cada qual com sua sensibilidade e especificidade. Basicamente se dividem em 3 grandes grupos:

- RT-PCR

- Sorologia

- Testes rápidos

(fonte acessada em 29/04/2020: Laboratório Fleury. Disponível em: https://www.fleury.com.br/noticias/conheca-os-diferentes-tipos-de-teste-para-covid-19)

O QUE É RT-PCR PARA CORONAVÍRUS?

Popularmente sendo chamado de PCR para Coronavírus, esta técnica laboratorial é o padrão-ouro para a detecção da presença do vírus no organismo, pois detecta especificamente a presença do material genético do Sars-CoV-2.

Amostra coletada: preferencialmente raspado de nasofaringe

Quando colher: ideal a partir do 3º dia de sintoma e antes do 10º dia. Antes ou depois deste período a quantidade de RNA do vírus, que só está presente enquanto ele está ativo, diminui muito prejudicando o exame.

(fonte acessada em 29/04/2020: Laboratório Fleury. Disponível em: https://www.fleury.com.br/noticias/conheca-os-diferentes-tipos-de-teste-para-covid-19)

 

O QUE É SOROLOGIA PARA CORONAVÍRUS?

Sorologia é uma técnica laboratorial em que é dosado a quantidade de anticorpos através do método ELISA ou de quimioluminescência. Neste caso podem ser dosados anticorpos IgA, IG e IgM específicos para o Sars-CoV-2.

 

A quantidade de anticorpos que cada indivíduo produz é bastante variável e nem todos os que se infectaram irão apresentar níveis detectáveis.Além disso, ainda não há comprovação de que a presença de anticorpos confira proteção contra uma nova re-infecção, mesmo em maiores concentrações. 

Amostra coletada: sangue

Quando colher: ideal após o 10º dia de sintoma. Este exame, diferentemente do RT-PCR depende de tempo para que o organismo produza os anticorpos específicos em quantidade suficiente para a detecção, porém a quantidade de anticorpos não é constante. É maior quanto mais próximo do período de infecção aguda (ou ativa) e tende a diminuir com o tempo se o indivíduo não se expor novamente ao vírus.

(fonte acessada em 29/04/2020: Coronavirus - World Health Organization - "Immunity passports" in the context of COVID-19. Disponível em: https://www.who.int/news-room/commentaries/detail/immunity-passports-in-the-context-of-covid-19)

 

O QUE É UM TESTE RÁPIDO PARA CORONAVÍRUS?

Os testes rápidos para o Coronavírus funcionam como um teste de farmácia para gravidez. É coletada uma amostra de material biológico do indivíduo e é colocada em meio químico com uma fita reagente que irá reagir conforme a presença ou asência do vírus na amostra.

É um tipo de teste muito promissor, uma vez a coleta da amostra é indolor (geralmente uma amostra de secreção de nasofaringe) ou muito pouco doloroso (coleta de uma gota de sangue via ponta de dedo), e existem kits desses testes que prometem resultados em 5 minutos. 

 

A desvantagem dos exames realizados em amostra de secreção da nasofaringe, neste momento, é a baixa sensibilidade, ou seja a capacidade desse tipo de exame conseguir detectar a presença do vírus ainda é extremamente baixa. Estima-se que ocorram 75% de resultados falso negativos.

(fonte acessada em 29/04/2020: Laboratório Fleury. Disponível em: https://www.fleury.com.br/noticias/conheca-os-diferentes-tipos-de-teste-para-covid-19)

A outra modalidade de teste rápido, através de uma gota de sangue (semelhante a um exame de ponta de dedo para diabetes) é realizada através de um método de imunocromatografia, e avalia se há a presença, ou não, de anticorpos IgG e/ou IgM circulando no corpo do indivíduo. Este tipo de teste tem maior sensibilidade (estimada acima de 90%) e tem sido utilizado para o mapeamento da população. Este teste está disponível através da clinica Casa Crescer para coleta domiciliar (veja mais em Casa Crescer). Este exame positivo não faz diagnóstico de infecção ativa pelo Coronavírus, é necessário outro teste para sua confirmação (veja "Sorologia para Coronavírus").

Saiba o quanto ter anticorpos te deixa protegido - leia mais em: Ter IgG  contra o Coronavírus significa que estou protegido? Existe um "passaporte imunológico?"

(fonte acessada em 14/06/2020: Leccurate. Disponível em: https://0a39912c-47b8-43d6-8711-b572f50fe213.filesusr.com/ugd/77f756_d563e6957581421c89fc08e6f8b99fa7.pdf)

NÃO TIVE SINTOMAS ATÉ AGORA, VALE A PENA FAZER SOROLOGIA PARA CORONAVÍRUS?

A sorologia dosa a quantidade de anticorpos específicos para a doença, porém a sensibilidade do teste varia de 77 a 95% o que significa que até cerca de 30% dos pacientes podem ter resultados falsos. Além disso ter anticorpos específicos ao Coronavírus ainda não é garantia de proteção contra uma nova infecção (vide passaporte imunológico).

(fonte acessada em 29/04/2020: Laboratório Fleury. Disponível em: https://www.fleury.com.br/noticias/conheca-os-diferentes-tipos-de-teste-para-covid-19)

 

TER IgG  CONTRA O CORONAVÍRUS SIGNIFICA QUE ESTOU PROTEGIDO? EXISTE UM "PASSAPORTE IMUNOLÓGICO?

Na maior parte dos casos, desenvolver anticorpos significa estar protegido contra uma nova infecção pela mesma doença, porém nem todas funcionam assim. O sistema imune é algo complexo e que ainda não foi completamente compreendido, novidades surgem todos os dias, mas ainda não há uma explicação dos motivos que levam uma doença a gerar anticorpos que irão durar para toda a vida (memória) e outros somente por certo tempo.

A pandemia pelo Coronavírus ainda é muito recente para que possamos ter estudos que garantam que a presença de anticorpos em qualquer quantidade, ou que a  partir de certas concentrações, previnem contra uma nova infecção, e nem mesmo por quanto tempo dura essa proteção, ou se é vitalícia.

Nossa única certeza neste momento é que independente dos anticorpos, você pode se contaminar com o Coronavírus e transmiti-lo a outras pessoas mais suscetíveis e que podem apresentar quadros graves, até mesmo fatais.

Portanto, com o que sabemos até este momento sobre o Sars-Cov-2, nossa melhor opção é continuarmos seguinto as orientações das autoridades competentes, seguir com a quarentena e todas as medidas de prevenção.

(fonte acessada em 14/05/2020: "Immunity passports" in the context of COVID-19 - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/news-room/commentaries/detail/immunity-passports-in-the-context-of-covid-19)

POR QUE NÃO INSTITUIR UM "PASSAPORTE IMUNOLÓGICO"?

A vontade de sentir-se seguro e voltar a circular pela cidade seja para lazer ou para trabalhar, é o desejo de todos. Então por que não permitir que quem já foi infectado pelo Coronavírus circule livremente pela cidade?

 

1) A Organização Mundial da Saúde diz acreditar que ter sido infectado previamente pelo Coronavírus deve conferir certa proteção, mas qual nível de IgG é necessário para essa proteção e quanto tempo ela dura? Ainda não há evidências científicas suficientes para responder as essas questões.

2) Da mesma forma que países que exigem a vacina contra a Febre Amarela para a entrada em seu território incentivam a vacinação contra essa doença, permitir a circulação daqueles que já são imunes ao Coronavírus sem ter uma vacina , podemos estar incentivando inadvertidamente as pessoas a se infectarem propositalmente. Isso levaria a um aumento repentino na taxa de doentes e sobrecarregaria o sistema público de saúde, possivelmente levando ao seu colapso. Justamente o que todas as autoridades tem trabalhado para evitar, assim como  toda a população se esforçando pela quarentena.

 

3) Criar uma falsa sensação de segurança naqueles já imunes levando a um relaxamento das medidas de isolamento social e de higiene fazendo com que esses indivíduos sejam fatores de disseminação do vírus entre os não imunes (suscetíveis) levando a um aumento do número de casos, internações, óbitos, etc, etc...

4) Risco de aumentar a disseminação do Coronavírus, visto que os testes sorológicos ainda não tem sensibilidade e especificidade suficientes para detectar com segurança aqueles verdadeiramente imunes, ou seja ainda há muitos resultados falso positivos e falso negativos (leia mais em "O que é Sorologia para Coronavírus"). Isso implica tanto em pessoas falso positivas sentindo-se seguras, relaxando nas medidas de isolamento social e de higiene, se expondo inadvertidamente e provavel aumento do número de doentes, internações, óbitos e possivelmente ao risco do colapso do sistema público de saúde. Sem mencionar os falso negativos que se mantém em isolamento com todas as suas consequências de saúde física, emocional e econômicas.

5) Criar novos motivos para discriminação e suas consequências: aqueles que tem condições financeiras para realizar o teste sorológico X aqueles que não tem, ou mesmo imunes X suscetíveis. Fato semelhante ao que ocorreu em Nova Orleans no século XIX quando concederam privilégios aqueles já imunes contra a febre amarela.

(fonte acessada em 07/06/2020: The Lancet - COVID-19 immunity passports and vaccination certificates: scientific, equitable, and legal challenges - Alexandra L Phelan - Comment| Volume 395, ISSUE 10237, P1595-1598, May 23, 2020 - Published:May 04, 2020DOI:https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)31034-5 - Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)31034-5/fulltext)

 

Tratamento para Coronavírus

Tratamento e Complicações

EXISTE TRATAMENTO PARA O COVID-19?

Ainda não há tratamentos específicos para o novo Coronavírus. Todos os protocolos de tratamento tem como objetivo controle dos sintomas e prevenção de complicações.

Há diversos estudos em andamento com medicações de diversas classes distintas, porém nenhum ainda teve comprovação de eficácia contra o novo Coronavírus.

Todas as medicações, quando não bem indicadas, podem trazer mais prejuízos do que benefícios e até mesmo colocar a vida em risco. Não se auto-medique, procure sempre avaliação médica.

(fonte acessada em 04/06/2020: Q&A on Coronavirus - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/question-and-answers-hub/q-a-detail/q-a-coronaviruses#:~:text=protect)

 

 

QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES?

As principais complicações mais graves são:

- Síndrome da insuficiência respiratória aguda: é uma lesão aguda do tecido pulmonar bastante grave que pode colocar o paciente em risco de vida. Pode levar à saída de líquidos nos pulmões dificultando a respiração e a troca do oxigênio pelos tecidos pulmonares.

- Tromboembolismo venoso: pode ser conseqüência de fatores de doenças pré-existentes do paciente que favoreçam a formação de coágulos, ou consequência direta pela infecção pelo Sars-Cov2, ou indireta pela inflamação causada pela infecção. Estudos mostram inciência variando de 20 a 69% dos pacientes com quadros graves pelo Coronavírus.

- Complicações cardiovasculares: O Sars-Cov2 está relacionado à altos níveis inflamatórios que podem causar diferentes complicações cardiovasculares como:

    - inflamação dos pequenos vasos levando à tromboses

    - inflamação no miocário (músculo do coração) que pode resultar em miocardite, falência cardíaca, arritimias, síndrome da lesão coronária aguda, deterioração rápida do quadro, e morte súbita.

- Lesão renal aguda: estima-se que ocorra em cerca de 3% dos pacientes internados e em 19% daqueles em unidade de tratamento intensivo (UTI). Pacientes commaior risco são aqueles com idade igual ou superior a 65 anos, portadores de doença renal crônica ou lesão aguda recente, insuficiência cardíaca, doença hepática e diabetes.

- Complicações neurológicas: as complicações neurológicas são esperadas em pacientes com quadros graves. No caso do Sars-Cov-2 ainda existe a possibilidade de lesão pela presença do próprio vírus que já foi isolado no líquido cerebroespinal. Estima-se que as complicações neurológica ocorram em cerca de 36% dos pacientes graves pelo novo Coronavírus que incluem doença cerebrovascular aguda, alteração dos níveis de consciência, ataxia, convulsões, neuralgia, lesão musculo-esquelética, meningite, encefalite, and encefalopatia.

(fonte acessada em 14/05/2020: BMJ Best Practices. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/en-us/3000168/complications)

Vacina para Coronavírus

Vacina

JÁ EXISTE VACINA CONTRA CORONAVÍRUS?

O processo de criação de uma nova vacina é bastante complexo. Uma nova vacina deve ser capaz de imunizar idealmente 100%, ou o mais próximo possível, dos indivíduos que a receberem com o mínimo de efeitos colaterais e que a maior partes deles sejam leves e passageiros, pelo maior período de tempo possível (preferencialmente vitalícia).

Esse processo, de modo bastante grosseiro e simples, começa em uma placa no laboratório para então ser testada em animais, e finalmente em humanos para, comprovada sua eficácia e segurança, ser comercializada.

Atualmente há diversos países buscando uma vacina para o Coronavírus, cada um em um estágio de desenvolvimento, porém ainda nenhuma pronta para a comercialização.

(fonte acessada em 14/05/2020: Update on WHO Solidarity Trial – Accelerating a safe and effective COVID-19 vaccine - World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/global-research-on-novel-coronavirus-2019-ncov/solidarity-trial-accelerating-a-safe-and-effective-covid-19-vaccine)

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