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Bronquiolite é uma inflamação nas vias respiratórias inferiores, popularmente percebidas como “chiado no peito” (broncoespasmo) pelo barulho agudo ao final da expiração, semelhante a “miados de gato”.

Ocorrem geralmente nas crianças pequenas até 2 anos de vida como consequência de uma infecção pelos vírus sazonais. O vírus mais frequentemente relacionado à bronquiolite é o vírus sincicial respiratório , VSR, (cerca de 50 até 80% dos casos conforme a época do ano).

Bronquiolite

Sintomas

Os sintomas virais que podem culminar com uma bronquiolite são os mesmos de um resfriado comum. Inicia-se com secreção nasal e tosse cuja intensidade tende a aumentar entre o 3º e o 5º dia após o início do quadro, a febre pode ou não estar associada.

Durante o pico da doença (3º ao 5º dia), conforme a idade da criança (maior risco nos menores de 6 meses de vida) e o vírus causador (há vírus que são mais agressivos do que outros), pode causar maior ou menor desconforto respiratório, crises de tosse muito intensas, muitas vezes ocasionando até vômitos pela sua intensidade, e em casos mais graves até mesmo “falta de ar”, necessitando de avaliação médica breve.

 

Como é transmitida?

A bronquiolite é uma inflamação em resposta a uma infecção geralmente viral, ou seja é uma resposta do indivíduo frente a uma agressão ao seu organismo não sendo diretamente transmissível, porém os vírus que a ocasionam são.

Esses vírus são os mesmos dos resfriados/gripes comuns e são transmitidos através do contato direto com as secreções respiratórias/saliva do indivíduo contaminado, ou indireto através de objetos ou alimentos contaminados a partir de 1 a 3 dias antes do surgimento da doença até muitos dias após o início do quadro, diminuindo sua capacidade de transmissão conforme melhora dos sintomas, e diminuição da secreção nasal.

É possível prevenir?

Por ser uma inflamação que também pode ser ocasionada pelos vírus da gripe, a vacina anual contra gripe é uma forma bastante eficaz de proteção, apesar de não contemplar todos os vírus circulantes. Também contribui para a prevenção uma alimentação bem balanceada, o consumo frequente de água e/ou suco de frutas naturais, a prática regular de exercícios físicos e os cuidados com a higiene ambiental para a manutenção da boa saúde.

Além disso, bebês prematuros com menos de 28 semanas de gestação ou com peso ao nascimento abaixo de 1500g, ou ainda em algumas condições específicas como cardiopatias congênitas ou pneumopatias crônicas da prematuridade, tem direito de receber a imunoglobulina específica contra o VSR (Palivizumabe) através do próprio sistema único de saúde.

confira sobre as condições específicas: 

(http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/assistencia-farmaceutica/protocolos-e-normas-tecnicas-estaduais/palivizumabe_v3.pdf),

(http://www.saude.sp.gov.br/ses/acoes/assistencia-farmaceutica/prevencao-da-infeccao-pelo-virus-sincicial-respiratorio/locais-para-entrega-da-solicitacao-de-palivizumabe).

Quais são os sinais de alerta com que devo me preocupar?

A inflamação dos bronquíolos estimula bastante tosse que pode ser bastante intensa e prolongada causando sensação de falta de ar ou dificultar a ingesta de líquidos e alimentos. Portanto devemos procurar avaliação médica imediata se:

-    Tosse excessiva ou “cansaço" dificultando atividades básicas como pronunciar frases completas ou ingerir líquidos/alimentos.

-    Lactentes (bebês até 2 anos de idade), principalmente os mais jovens, podem apresentar respiração acelerada associada a sonolência excessiva e palidez, geralmente mais visível nos lábios, como um sinal de gravidade em uma bronquiolite.

-    Dificuldade para mamar, principalmente nos bebês menores de 6 meses de vida

Converse com seu pediatra ou marque uma consulta para orientações.

Meu bebê pode ter Bronquiolite outras vezes?

Há mais e um tipo de vírus que pode causar a bronquiolite, portanto ele pode vir a ter outras vezes. Outra situação que pode ocorrer é a Hiperreatividade brônquica em bebês suscetíveis levando a episódios de “chiados no peito” (broncoespasmo) igual a uma bronquiolite mesmo sem o fator infecciosos, ou seja o bebê passa a reagir de forma exacerbada (hiperreatividade) a estímulos pequenos como variações bruscas da temperatura ou baixa umidade do ar sendo chamado de “bebê chiador” ou “lactente sibilante”.

Dependendo da freqüência das repetições das crises de broncoespasmo, pode ser necessário o uso de medicações para prevenir as crises, converse com seu pediatra ou marque uma consulta para orientações.

Aviso Legal As informações contidas aqui nos textos e vídeos não pretendem substituir a consulta com um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Em caso de dúvidas procure seu médico.

© 2023

Dra Marcia Toraiwa Iwashita

CRM-SP 120.319 

Especialista em Alergia e Imunologia

RQE 54057

Pediatra

RQE 54058

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